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Estreia na bolsa tem expectativa alta e desafia a rede a crescer ainda mais.
Após o primeiro passo dado com a entrega de documentos, na última quarta-feira (1º), a estreia do Facebook na bolsa de Nova York é aguardada para maio próximo. Inicialmente, a expectativa da empresa de Mark Zuckerberg é arrecadar US$ 5 bilhões com a oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês). Essa seria a melhor estreia para uma empresa de internet, superando a do Google, de quase US$ 2 bilhões, em agosto de 2004 -ano em que o Facebook foi criado. Aliás, a rede social completa 8 anos neste sábado (4).
Analistas estimam que, ao abrir capital, ela chegaria a um patamar de US$ 100 bilhões ("meio" Google). Isso deixaria o Facebook na sétima posição entre as empresas do setor de tecnologia das Américas, ainda atrás da líder Apple e de Microsoft, IBM, Google, Oracle e Cisco. A entrada na bolsa e a obrigação de atender às altas expectativas deixam a empresa com a missão de aumentar cada vez mais o número de usuários e mantê-los satisfeitos.
"O Facebook ficou muito tempo com poucas atualizações. A Timeline mudou bastante a experiência de uso, mas acho que ainda há muito a ser feito", diz com Rafael Lamardo, professor de Tecnologia da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
O site "foi construído para realizar uma missão social: tornar o mundo mais aberto e conectado", diz Zuckerberg em carta entregue junto com a documentação para estrear na bolsa.
Mas Lamardo entende que a abertura de capital pode fazer a rede social virar refém de processos ligados ao mercado de ações e aos acionistas. "Existe um controle excessivo com as empresas que atuam na bolsa de valores. Isso faz com que esta empresa foque apenas em recursos que trazem retorno [financeiro] para os usuários", explica.
"Até agora, o Facebook teve liberdade para criar recursos que tornaram a plataforma melhor e muitas coisas não renderam dinheiro. Mas isso fez com que a rede social estivesse muito a frente dos concorrentes. Ter acionistas olhando as ações do Facebook de perto pode ser um problema neste sentido".
Valor de mercado
Nos documentos enviados na última quarta, o Facebook informou dados que revelam um negócio lucrativo e de rápido crescimento. Em 2011, chegou aos 845 milhões de usuários no mundo. O lucro líquido foi de US$ 1 bilhão e a receita, de US$ 3,7 bilhões.
Diante dessa arrecadação, a cifra de US$ 100 bi esperada após a estreia na bolsa é considerada "inflada" demais por alguns analistas. "Os números só justificam uma avaliação de US$ 50 bilhões", disse Michael Yoshikami, presidente-executivo da YCMNET Advisors, uma empresa de gestão de patrimônio da Califórnia, à agência Reuters.
via G1
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